terça-feira, 8 de setembro de 2009

Acidente Vascular Cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC) é provocado por uma alteração na circulação do sangue no cérebro, tendo como consequência uma perda rápida da função neurológica provocado pelo entupimento ou ruptura de uma veia ou artéria.
Tipos de AVC
O AVC isquémico é o mais frequente. É provocado pela presença de um coágulo de sangue ou trombo numa artéria, impedindo o sangue de passar (isquémia). Deixa de haver irrigação na parte do cérebro que era abrangida por esta artéria deixando de funcionar devido à morte das células.
O acidente isquémico transitório (AIT) é caracterizado por isquémia temporária assim como as sequelas (alterações) das lesões. A obstrução da artéria não é total pelo que o sangue circula em menor quantidade. Doentes com de AIT constituem um grupo de risco para desenvolver AVC.
No AVC hemorrágico há ruptura da parede da artéria e o sangue começa a espalhar-se nessa zona.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas surgem de forma repentina.
- Dor de cabeça intensa
- Dificuldade em falar, ler, escrever e em se equilibrar
- Diminuição ou perda da força muscular ou sensação de formigueiro na cara, braço ou perna
- Perda da visão em um ou ambos os olhos
- Náuseas e vómitos
Prevenção
O melhor tratamento para qualquer doença é a prevenção. Nesta doença devem ser identificados e tratados os factores de risco.
Factores de risco
Estes factores são a hipertensão arterial não controlada, trombose, diabetes melitus, arritmias cardíacas, doenças reumatológicas, tabaco, idade, colesterol, consumo excessivo de álcool, obesidade e pílula. Até aproximadamente aos 50 anos os homens têm maior risco, a partir desta idade iguala para ambos os sexos. Os idosos têm maior probabilidade de sofrer AVC.
O AVC causa dependência e alterações da vida do doente e família, pelo que a prevenção através da alteração dos hábitos de risco é o melhor tratamento.
Diagnóstico
O médico avalia o doente pedindo a este para realizar três tarefas.
A primeira é sorrir para observar se alguma das faces está paralisada.
Pede também para levantar os braços ao mesmo tempo e mantê-los. Se algum descair um pouco também pode ser sinal de AVC.
Na terceira pede para este repetir uma frase. Se o doente não consegue pode ser outro indício de AVC.
Tratamento
Sempre que houver suspeita de AVC o doente deve ser enviado de imediato ao hospital. O factor tempo interfere na escolha e eficácia do tratamento.
No AVC isquémico é administrado medicamentos trombolíticos para desfazer o coágulo sanguíneo e reverter ao máximo possível a isquémia.
No hemorrágico se a hemorragia for pequena o organismo absorve o sangue. Se for extensa esta pode ser drenada, consoante o local onde se encontra. Em outros casos devido à quantidade de sangue e localização, não se pode actuar.
Se o doente fazia medicamentos que interferem na coagulação, como o varfine, estes devem ser suspensos.
Evolução/reabilitação
A evolução e reabilitação dependem das características do AVC, da zona atingida, do tempo de actuação e do apoio que o doente tiver.
Nos AIT a pessoa recupera sem sequelas.
No AVC o doente pode ficar com paralisia, disartria (alteração na articulação das palavras), afasia (sem falar), alteração na compreensão, sentidos e memória. Aquando da alta o médico avalia a necessidade do doente realizar fisioterapia para promover ao máximo a recuperação motora e da fala.
Poderá ser necessário aconselhamento da dietista na alimentação se o doente ficar com dificuldade em engolir

1 comentário:

Susana Andrade disse...

Eu tenho imenso cuidado em vigiar a minha tensão arterial. Procurei um médico aos primeiros sintomas e sigo as indicações dele à risca!