segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Viver com a doença crónica

Um novo olhar

A ocorrência de patologias obriga o idoso a uma nova definição de “normalidade”. Conheça alguns truques para fazê-lo da melhor maneira.

Na idade avançada, não é raro a ocorrência de patologias, em particular com carácter crónico.
Este tipo de situações obrigam o idoso a ser capaz de encarar uma nova definição de “normalidade”, em relação às suas actividades diárias, tendo em conta as limitações daí decorrentes.

Para essa definição, é crucial o apoio do médico assistente e dos amigos e familiares no sentido de um conhecimento das tarefas que são úteis fazer e das actividades que, pelo contrário, não deve executar.

Para certo tipo de situações, a fisioterapia pode ser um apoio importante. No caso de não ser possível o recurso a fisioterapia de manutenção, se houver oportunidade para que, pelo menos, o fisioterapeuta faça o ensino de determinados movimentos que o idoso possa realizar sozinho, essa já será uma ajuda excepcional.

É fundamental conhecer as actividades que devem ser mantidas, para que se contrarie o avanço que as situações crónicas geralmente têm, nomeadamente em relação às suas repercussões. Este aspecto pode ser particularmente notório em relação à patologia osteoarticular e respectivas limitações.

Também importante é enquadrar as terapêuticas nas actividades normais do dia-a-dia, para que não haja esquecimento e para que não haja o sentimento de fuga (natural) daquilo que não se considera normal.

Truques que facilitam

As limitações decorrentes das doenças crónicas devem ser aproveitadas para outras actividades. A auto-educação, canalizando tempo para a leitura (quando o problema não é oftalmológico) e a música (quando o problema não é otológico) podem ser muito úteis.

A aprendizagem da utilização “simples” das novas tecnologias (como o acesso ao computador e, através dele, à Internet) pode ser de grande ajuda para este aspecto.

Muitas vezes a grande limitação está na tolerância à execução de determinadas actividades.

Muitas destas afecções crónicas acompanham-se de cansaço fácil. Se o idoso for capaz de aprender a viver e funcionar num ritmo mais lento (considerando esse o seu novo ritmo normal) na execução das tarefas, poderá executá-las todas. Tal permite, por exemplo, manter uma actividade física diária fundamental para conservar a agilidade mínima do sistema osteoarticular, para a sua mobilização e actividade independente.

Nesta redefinição de normalidade é também importante a redefinição do local onde o idoso vive. Sem alterar significativamente o local de vida, e sempre com o seu acordo, é importante tentar eliminar as barreiras físicas existentes.

Um exemplo simples é o caso de passadeiras e tapetes que podem facilitar o tropeçar e levar a quedas, que neste grupo etário podem ter consequências terríveis. Uma análise simples dos locais onde o idoso está habitualmente, permite identificar esse tipo de alterações.

As novas tecnologias põem também ao dispor do idoso um conjunto de mecanismos de chamada de apoio. A utilização de bips e sistemas vários de alarme permitem avisar os familiares ou amigos mais próximos de que o idoso precisa de qualquer tipo de apoio.

Estes vários "truques" permitem, sem interferir de forma marcada com a liberdade de movimentos do idoso e com os seus hábitos, fazer uma redefinição do norma

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